quarta-feira, 17 de junho de 2009

Estado demora para repassar área da P-55

A previsão de que as primeiras contratações visando a construção dos módulos à plataforma de petróleo P-55, em Rio Grande, não foi cumprida. A intenção era que as admissões se iniciassem no início deste mês. No entanto, até o momento a área não foi liberada pelo Governo do Estado.
A reclamação parte do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande. O repasse da área se faz necessário para a instalação do canteiro de obras do consórcio responsável pela construção dos módulos da P-55.
Segundo o tesoureiro do sindicato, Edelmar Dias Vieira, aproximadamente 4 mil pessoas deverão atuar no projeto, o qual tinha um cronograma de atividades previsto para se iniciar em junho de 2009. Entretanto, ainda segundo Vieira, a previsão é de que as contratações comecem apenas no final de setembro. Para a classe, de acordo com ele, o mais importante é garantir os empregos, ainda mais depois que grande parte dos associados investiram em cursos de qualificação. Mas, o que parecia ser a garantia de um futuro promissor, está causando apreensão entre os metalúrgicos, devido à demora do repasse da área.
A falta de agilidade por parte da Autoridade Portuária e pelo Governo do Estado pode defasar em quatro meses a contratação dos trabalhadores. Já o superintendente do Porto, Janir Branco, em entrevista ao jornal Agora, garantiu que o atraso será de no máximo um mês.
O governo federal fez sua parte: creditou e acreditou na comunidade rio-grandina ao oportunizar a vinda de mais plataformas, consolidando de vez o porto como polo naval.
No entanto, o governo estadual precisa entender a necessidade de garantir à população local os empregos previstos.
A área a ser ocupada pertencia à Bunge. Para ser utilizada pelas empresas do consórcio responsável pela P-55, o Porto cedeu outra área à empresa de fertilizantes. Além disso, um dos pavilhões contidos na área onde será instalado o canteiro de obras da plataforma encontra-se interditado pelo Ministério do Trabalho, devido à morte de um funcionário que caiu de uma esteira com quase dez metros de altura. Atualmente, a Bunge está utilizando outras duas naves centrais, maiores que o pavilhão interditado.
Além disso, o acordo feito entre a SUPRG, Queiroz Galvão, e a Bunge (visando ao repasse da área) acarretou também no aluguel de armazéns infláveis para a Bunge, enquanto sua nova planta é construída no Distrito Industrial. Por mês, o Porto paga R$ 13 mil pelo aluguel dos armazéns.