quinta-feira, 7 de maio de 2009

Porto de Pelotas quer veicular-se à SUPRG

A Prefeitura de Pelotas está buscando auxílio para que o porto daquela cidade seja veiculado à Superintendência do Porto do Rio Grande. Ontem à tarde, o diretor da Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH), Gilberto Cunha, informou ao prefeito de Pelotas, Adolfo Fetter, que o pedido foi encaminhado ao Conselho da Autoridade Portuária (CAP). Este pretende deslocar o comando de Porto Alegre, sede da SPH, para o órgão administrador de Rio Grande. Gilberto Cunha ressaltou que nenhum tipo de planejamento ou estudo de impactos da possível transferência foi realizado.

A discussão, segundo ele, surgiu durante reunião recente do CAP, chegando até o Governo Estadual através de uma carta de intenções. “E não como um projeto específico”, ressaltou o diretor-superintendente da SPH.Cunha questionou o chefe do Executivo de Pelotas sobre as vantagens, em termos de metas e obtenção de recursos, além das consequências econômicas para o município. Como resposta, ele obteve de Fetter: “é preciso considerar o potencial da cidade para integrá-la ao almejado projeto naval”.

O chefe do Poder Executivo de Pelotas elencou as facilidades de acesso a Pelotas, além de sua infraestrutura hoteleira, imobiliária e comercial. Relembrou ainda a mão-de-obra qualificada em seu próprio território, o que não deverá exigir contratação de pessoas vindas de outras cidades. A alegação do CAP, em seus debates iniciais, é diminuir a burocracia nas transações ao delegar à Superintendência do Porto de Rio Grande, a direção das ações logísticas e de operacionalização das atividades do porto pelotense. O debate deverá ser marcado pela necessidade, de acordo com o prefeito de pelotas, da criação de em um plano detalhado, com prós e contras, considerando a captação de aporte de capital, bem como o aspecto orçamentário. Cunha declarou que por não haver um planejamento, as políticas públicas necessárias para a transação precisarão ser debatidas.

O assunto está longe de ter um final. Mas trata-se de algo que poderá influenciar ou até mesmo atingir diretamente o trabalho de ambos os portos. Os rio-grandinos necessitam estar atentos pois o porto marítimo não poderá perder recursos para administrar o de Pelotas. Caso essa responsabilidade cruze o Arroio São Gonçalo, as diretrizes e metas deverão ser detalhadamente abordadas.